CNC 75 Anos pelo Brasil – Acompanhando as transformações do País

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Desde sua criação em 1945, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) participa ativamente dos grandes debates nacionais. A preocupação de contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas que impulsionassem o desenvolvimento do País levou à criação do Conselho Técnico da CNC, em 1953, formado por membros de notório saber para o debate dos principais desafios nacionais, e, em 1955, à criação do Conselho de Turismo, com o objetivo de fomentar o setor.

A consolidação da CNC

Em 1973, a CNC inaugurou sede própria em Brasília, buscando potencializar o relacionamento com o Poder Legislativo. Mas é em 1981, com a criação da Assessoria junto ao Poder Legislativo (Apel), que a entidade, então presidida por Antonio Oliveira Santos, passa a acompanhar intensamente os temas legislativos de interesse do comércio.

Com a criação da Apel, Roberto Veloso ingressa no quadro de funcionários da CNC, e, hoje, aos 82 anos, a trajetória dele se confunde com a da Confederação. “A CNC sempre esteve atenta e presente. Bernardo Cabral, Ernane Galvêas, Delfim Netto, Ulysses Guimarães e um sem-número de parlamentares nos consultavam com frequência. Nossos pareceres eram rápidos e tinham peso na hora das decisões importante da nossa economia”, conta Veloso, atual consultor de Relações Institucionais da Confederação.

Os tempos eram de redemocratização, o País caminhava para a abertura política que teve como auge o movimento das “Diretas Já”, entre 1983 e 1984, e que é concluída em 1985, quando chegam ao fim os 21 anos de regime militar.

Em 22 de setembro de 1988, já no governo do presidente José Sarney, o Brasil promulgou a atual Constituição. A CNC mobilizou a sociedade para garantir uma emenda popular que alcançou um milhão e setecentas mil assinaturas e que deu origem ao artigo 240 da Constituição, que garantiu o financiamento do Sistema S, por meio de contribuições das empresas.

“Na democracia, é no Congresso Nacional que os grandes debates acontecem, e o Sistema Comércio não poderia ficar de fora. A Assessoria junto ao Poder Legislativo teve um papel da mais alta relevância para a CNC na Constituinte de 1988, um capítulo da história do nosso país que ajudamos a escrever com muito orgulho”, relembra Oliveira Santos, defendendo a importância da Apel, em entrevista no livro CNC – 75 anos.

Nesse período, ainda não existia na prática a unicidade sindical e diversas representações sindicais da mesma categoria atuavam na mesma região, gerando conflitos. A CNC entendeu que era preciso organizar a representação sindical e passou a se dedicar à criação do Sistema Confederativo da Representação Sindical do Comércio, o Sicomércio, que teve origem em trabalho conjunto das federações, na década de 1990. Em 1991, o corpo diretivo da CNC, os presidentes das federações e de 456 dos 700 sindicatos patronais do comércio, participam na definição das normas do Sistema Confederativo e na criação da Comissão de Enquadramento e Registro Sindical do Comércio (CERSC).

“Buscamos fortalecer o sistema sindical do comércio, com mais integração e unidade entre as entidades, desenvolvendo o arcabouço de atuação que temos até hoje e que dá voz aos empresários de todo o País”, conta Oliveira Santos.

Foram muitas as iniciativas relevantes para o processo de estruturação e fortalecimento sindical. Como a criação, em 2008, do Sistema de Excelência em Gestão Sindical (Segs), uma ferramenta para aperfeiçoamento da gestão de federações e sindicatos. O lançamento do Ecos – Programa de Sustentabilidade, que atua há dez anos no planejamento, na execução, na mensuração e no controle de ações de sustentabilidade no ambiente corporativo do Sesc, do Senac e da CNC.

O lançamento das pesquisas econômicas da CNC, a partir de 2010, com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) e a Intenção de Consumo das Famílias (ICF). Em 2011, foi a vez do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). Todos publicados mensalmente até hoje. Essencial ainda lembrar a instituição das Câmaras Brasileiras do Comércio, da Comissão de Negociação Coletiva do Comércio (CNCC), da Rede Nacional de Assessorias Legislativas do Sistema CNC-Sesc-Senac (Renalegis) e da Rede Nacional de Representações do Sistema Confederativo do Comércio (Renar).

O consultor econômico da CNC, Ernane Galvêas, que foi ministro da Fazenda e que presidiu o Banco Central, fala sobre os legados da administração de Oliveira Santos, que consolidou o Sistema Comércio, incentivando a abertura de sedes próprias do Sesc e do Senac em todo o Brasil e definindo a estrutura de funcionamento sindical, entre outros projetos e ações. “Em sua administração, foi implementado o programa Mesa Brasil, de significativo sentido social, além da extraordinária expansão das atividades do Sesc e do Senac. Cumpre, ademais, acrescentar a extraordinária consolidação do Sistema Confederativo do Comércio (Sicomércio), realizada mediante a fusão das federações então existentes em uma única federação em cada estado. Somente no Rio de Janeiro, havia quatro”, relembra Galvêas

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